quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Polícia Federal descarta roubo comum na Petrobras

Bruno Gonzalez
Em coletiva realizada na manhã de ontem, o superintendente da Polícia Federal (PF) do Rio de Janeiro, Valdinho Jacinto Caetano, afirmou que houve falha na segurança do contêiner que transportava os notebooks da Petrobras.Que foram furtados com informações sigilosas da estatal, no mês passado.

Na entrevista, ele ainda descartou a hipótese de roubo comum, já que outros equipamentos de valor não foram levados.

— O esquema de segurança era bastante falho. Para um escritório normal, a segurança era adequada, mas com informações importantes, ela se tornou inadequada. Somente as investigações vão apontar de quem é a responsabilidade da segurança. Muitos funcionários tinham acesso ao local do crime — explicou.

Segundo Valdinho, em um roubo comum se leva o computador inteiro e não só o HD, o que os levou a descartar essa hipótese. Foi contabilizado o furto de quatro computadores e dois HDs, com informações privilegiadas de uma sonda da Bacia de Santos, sobre a exploração de petróleo no local.

A PF em suas investigações fará o percurso do contêiner-escritório, desde a Bacia de Santos, a passagem pelo Rio de Janeiro, até a chegada em Macaé. Além disso, serão coletados depoimentos e verificadas as empresas que teriam interesses nessas informações.

Desta maneira as autoridades esperam encontrar os autores do crime. Nove pessoas já foram ouvidas e outras 15 foram intimadas a prestarem depoimentos.
O contêiner saiu da Bacia de Santos, em São Paulo, com destino ao Rio de Janeiro no dia 18 de janeiro, mas só chegou no dia 25. Depois, no dia 30, chegou a Macaé. No dia seguinte, um funcionário identificou o furto.

—Com o local do crime já modificado, nosso trabalho de perícia foi dificultado. Um instrumento que poderia nos ajudar nas investigações foi retirado — disse Valdinho.


Jornal Povo do Rio
20/02/2008


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